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terça-feira, 5 de maio de 2009

ooops, foi mal.


Saí de casa levando comigo meu sobrinho. Como ele sempre sonhara em ir ao parque, resolvi levá-lo. Descemos do carro, compramos os tickets e entramos. Seus olhos brilhavam em meio aos brinquedos. Entre todos, a montanha russa atraia sua atenção de forma a ser o primeiro brinquedo que queria ir. A adrenalina que causaria não poderia ser maior que a que já estava sentindo. Ele entrou na fila. Pela quantidade de carrinhos e de gente à sua frente, percebeu que ficaria esperando de modo a ser o primeiro da próxima volta. Ele estava ali, apenas por um para entrar. Seu coração estava acelerado, os gritos eram fortes e apavorantes, mas ele queria sentir aquela sensação. Pela primeira vez estava em um parque e, estrearia no brinquedo mais temido e desejado por todos.
O rapaz que libera a entrada do brinquedo tirou a corrente. Enquanto escolhia em qual carro iria, eu o mandei sair pra irmos embora. Pedro me olhou como se não acreditasse. Estava esperando que eu afirmasse ser brincadeira, mas não era. Tinha recebido um telefonema e precisava ir embora naquele instante. Não poderia esperá-lo brincar na montanha russa e, no dia seguinte o parque ainda estaria lá. Ele abaixou a cabeça. Seus olhos ficaram longe, cobertos por lágrimas que logo foram derramadas. Vi, pela primeira vez, a decepção em seu rosto de 11 anos de idade.



QUE CRUEL.....
Não, isso não é maluquice. Enquanto digito, minha voz que não emite som, mas muito me diz enquanto me calo, grita.
O que tento expressar e relacionar, é que a decepção sofrida pelo Pedro não difere da decepção sofrida por um adulto [ me refiro ao sentimento de dor. Não física,mas aquele emaranhado de sentimentos ruins que dói no peito quando nos decepcionamos]. O que difere é que enquanto criança, o Pedro tem o direito de chorar e externar para logo mais ser paparicado. Já, enquanto adultos, temos mais dificuldades. Guardamos para nós aquilo que nos machuca, ou, no máximo, contamos para os amigos mais íntimos.
Às vezes, na tentativa de acertar, erramos. Por isso, se for levar uma criança ao parque, deixe-a brincar. Caso contrário, não passe nem na porta, por mais que sua intenção tenha sido boa, pode haver seqüelas.

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