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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quem sabe um dia..



Aaah, como eu queria acordar em frente ao mar. Não um mar qualquer, mas aquele bem azul. Levantar bem cedo, me espreguiçar e sentir aquela brisa bagunçando o cabelo. Caminhar algumas horas só ouvindo o quebrar das ondas. Olhar em volta e não ver nada além do mar, tão azul, que se confunda com o céu. Ao cair da noite, tocar violão ao lado de uma fogueira. Deixá-la queimar até o fim e,quando a musica não mais bastar, perder-me na conta das estrelas.

terça-feira, 28 de abril de 2009


Amor para cá, amor para lá. ‘ah, o amor’. E quem não prefere acreditar no amor como o mais belo e nobre dos sentimentos? O amor, é para aqueles que têm a capacidade de se doar, é para quem não pensa tanto em si e compartilha com alguém em especial suas alegrias e tristezas. BALELA. Sim, o amor é sim um sentimento perfeito, mas enquanto fetiche [entenda fetiche por algo que não ultrapassa o campo imaginário,pois se o faz, passa a ser realidade]. E quando digo amor, faço referência àquele entre homem e mulher.
Lendo um livro, tive um estalo e pensei no amor por outro ponto de vista que não o da perfeição. No livro, uma personagem amargurada no campo afetivo tentava mostrar à personagem principal que se dependesse de seu interior, nunca conquistaria ninguém. Os únicos atrativos que ele poderia oferecer seria seu porshe vermelho e seu gordo salário de 6 cifras. Sim, esse ponto de vista é mais comum. Porém, também o acho uma BALELA. Ele é muito extremista e para pessoas amarguradas.
Pondo os dois casos na balança, peneiro o que há de sensato em cada um e concluo que o amor não surge como um estalo. Você pode até se sentir atraído por alguém em um primeiro contato, mas o que te fará investir em algo são as trocas que, mesmo sem perceber, vocês possam fazer. Quando falo em troca, me refiro ao que cada um busca no outro. Às vezes isso pode ser a maneira de vestir, o grau de popularidade, a inteligência, a classe social, o jeito de agir. Cada pessoa é diferente e busca na outra algo que a complete. E, quando se completam, desfrutam de sensações que nem ela pensava existir. Quando nos machucamos com o amor, significa que achamos aquilo que queria, mas que não éramos aquilo que era procurado. Quando aquele amor é perfeito, quer dizer que foi bom enquanto durou. E, que em algum momento teve que ser interrompido. Mas, quando o amor é simplesmente amor, nunca acaba. Apenas muda de forma. O amor apenas por existir te faz livre. Esse amor é o que encanta os versos dos poetas que nos fazem babar desejando sentir aquilo que ele descreve.
Enquanto existirmos, amaremos. E,logo descobriremos que muitas vezes quando pensamos ser amor, era na verdade paixão, e essa, enquanto sentimento, logo passa. Cabe a cada um perceber o que sente e atribuir um o valor exato. Mas, nunca estar de portas fechadas. E, para concluir meu pensamento, pego carona na musica do chiclete com banana e afirmo: ‘ se me chamar eu vou, ao som que furta cor, que furta coração, e leva a emoção... ’

sexta-feira, 24 de abril de 2009


Atenção. Venho, através deste, reunir os interessados em ganhar a vida fácil. A idéia consiste num movimento para profissionalização daqueles que ganham a vida de uma maneira não aceita pela sociedade, porém bastante freqüente no cotidiano brasileiro. Sim, estou aqui para reunir os que assim como eu cansaram de tentar estudar e levar uma vida digna para alcançar aquilo que almeja e estão optando pela implantação de mais um curso no nível superior: BANDIDAGEM.
Fazendo o curso, o indivíduo aprenderia a ser bandido profissional. Daríamos adeus àqueles assaltos realizados por principiante que só nos poupam tempo e o celular e, o país aumentaria consideravelmente o número de universitários. O objetivo não é acabar com as outras profissões, que fique bem claro. Sempre houve, e sempre haverá, aqueles que sonham em mudar o mundo. Porém, muitos desses, estão desiludidos. A desilusão veio quando a casa foi saqueada, ou o carro roubado e até mesmo um parente lhe foi tirado. Sendo assim, só resta entrar na onda que nos atinge e pararmos de sonhar que a segurança do país, bairro e até mesmo do condomínio serve para algo.

Dentre a grade do curso, teríamos.

Português I: Para ensinar ao bandido uma linguagem que o facilite na hora do roubo.

Invasão domiciliar I e II: Cada casa é um caso, e devem ser estudados detalhadamente. Precisamos parar de invadir casas e roubar roupas, isso é coisa do passado.

Assalto a mão armada: chega de matar por impulso, se for alguém q influencie na sociedade pode resultar em prisão.

Criatividade: há que inovar, ser sempre o mesmo e fazer sempre o mesmo pode ser prejudicial. Você fica marcado e, ladrão que se respeite não deve ganhar os créditos. Corre o risco de ser pego.

Entre outras, teríamos também abordagens rápidas e etiqueta.

Vamos lá gente. Ganhar a vida fácil e tirar daqueles bobocas sonhadores o que eles trabalham para conseguir. Nosso único trabalho será estudar para fazer de maneira profissional. Não temos nada a perder, é como meu colega bandido disse ao assaltar uma casa: a segurança do estado não serve para nada.

sábado, 18 de abril de 2009

' Mas ando meio descontente, desesperadamente eu grito em português'


‘Socorro, já não estou sentindo nada’. Esse sentimento de não sentir nada é o que me acompanha ultimamente. Quando conhecemos uma pessoa, mesmo gostando no primeiro momento, levamos um tempo para que possamos chamar verdadeiramente aquele relacionamento de amizade. E quando o fazemos, desejamos aquela pessoa sempre por perto. Nós, que sabemos tanto sobre tudo, temos dificuldade em nos afastar daquilo que gostamos, e por conta disso, sofremos. E o porquê de eu estar falando tudo isso? Porque mais uma vez estou tendo que me despedir de alguém que gosto de verdade. Quando pego carona na musica de Arnaldo Antunes e digo não estar sentindo nada, não é porque não sinta e sim porque sinto em excesso. É um misto de tentar entender os motivos de sua ida com meu egoísmo que a quer perto de mim. E, por conta disso, não consigo demonstrar nada.
Não faz muito tempo, exatamente um ano, eu estava na mesma situação. Mudei para um novo estado e foi aí que a conheci. O primeiro contato não foi dos melhores. Apesar de ter sido simpática comigo, já tinha uma concepção sobre ela. Ouvira certas coisas minutos antes. Mesmo assim, decidi conhecê-la. Posso afirmar que foi uma escolha certa. Nossa amizade cresceu com o tempo. Não foi de uma hora para outra. A medida que nos conhecíamos, aumentava a confiança, os conselhos e a intimidade.
É pela paciência de nossa amizade, que acredito que a distância não irá interferir nela. É por também já ter passado pela mesma situação que sei que o que ela sente e seus medos. Mas é por também já ter passado por isso que sei que a distância não mudará o sentimento. Apenas nos deixará um pouco afastadas, mas apenas enquanto buscamos nossos caminhos. E agora só me resta torcer para que suas escolhas sejam acertadas e ela obtenha o sucesso que merece.

quinta-feira, 16 de abril de 2009




Calcei meu tênis no final daquela tarde e fui correr no calçadão. Enquanto caminhava até a treze, notei a rua menos movimentada. Menos pessoas e menos carros. Percebi então que era domingo. Provavelmente não haveria outras pessoas dispostas a correr naquele horário, e eu seria a única. Chegando lá, sorri. Eu não era a única. Outras pessoas caminhavam também. Meu gosto por correr vai além de fazer bem à saúde. Faz-me relaxar e esquecer um pouco dos problemas.
Liguei o ipod e comecei com uma caminhada. O vento batia em meu rosto e os cabelos já balançavam. Às vezes perdia a atenção por conta de algum conhecido passando, mas logo me concentrava outra vez. Enquanto alongava os braços, acelerei os passos e os deixei para trás. Senti o corpo ficar quente. Era o sinal para acelerar ainda mais a passada. Pouco a pouco ia aumentando a velocidade. Já passara da caminhada e entrava no estágio de corrida em passos curtos.
O vento ficou mais intenso em meu rosto. Estava assim por causa da velocidade dos meus passos. Todas as pessoas, antes na minha frente, ficaram para trás. Já não os via. O suor começou a escorrer e meu corpo ficou ainda mais quente. A música do ipod dava o ritmo das passadas. Meu único pensamento era não esbarrar naqueles que estavam caminhando. O estudo e toda preocupação ficavam pelo caminho. Naquela hora, nenhum pensamento além da corrida chegava a minha mente. Comecei então a correr. Minha respiração seguia um ritmo único. As pernas latejavam, como se não quisessem parar de se movimentar. O suor já fazia parte de mim. Permaneci assim até completar a segunda volta.
Fui aos poucos diminuindo a intensidade de toda aquela agitação. Meu coração voltou ao batimento normal. Parei para tomar uma água de coco. Sentada, observava as pessoas passando e tentava adivinhar seus pensamentos. Queria saber se sentiam como eu. O vento enxugava meu suor e a água de coco diminuía minha sede. Senti-me anestesiada e o efeito passava gradativamente. Meu corpo tinha se exercitado e em troca, espalhava em mim energia e disposição para continuar estudando. Percebi como correr virara necessidade. A cada corrida aprendia a entender meu corpo e seus sinais. Descobri como não ficar estressada com a correria do dia-a-dia e manter o corpo saudável. Ali, enquanto tomava o coco, acabara de descobrir o porquê de gostar de correr. Olhei o relógio e vi o adiantado da hora. Como precisava voltar à casa antes das seis, levantei da mesa e descansada, fui para casa.


por Manuela Cal