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quinta-feira, 16 de abril de 2009




Calcei meu tênis no final daquela tarde e fui correr no calçadão. Enquanto caminhava até a treze, notei a rua menos movimentada. Menos pessoas e menos carros. Percebi então que era domingo. Provavelmente não haveria outras pessoas dispostas a correr naquele horário, e eu seria a única. Chegando lá, sorri. Eu não era a única. Outras pessoas caminhavam também. Meu gosto por correr vai além de fazer bem à saúde. Faz-me relaxar e esquecer um pouco dos problemas.
Liguei o ipod e comecei com uma caminhada. O vento batia em meu rosto e os cabelos já balançavam. Às vezes perdia a atenção por conta de algum conhecido passando, mas logo me concentrava outra vez. Enquanto alongava os braços, acelerei os passos e os deixei para trás. Senti o corpo ficar quente. Era o sinal para acelerar ainda mais a passada. Pouco a pouco ia aumentando a velocidade. Já passara da caminhada e entrava no estágio de corrida em passos curtos.
O vento ficou mais intenso em meu rosto. Estava assim por causa da velocidade dos meus passos. Todas as pessoas, antes na minha frente, ficaram para trás. Já não os via. O suor começou a escorrer e meu corpo ficou ainda mais quente. A música do ipod dava o ritmo das passadas. Meu único pensamento era não esbarrar naqueles que estavam caminhando. O estudo e toda preocupação ficavam pelo caminho. Naquela hora, nenhum pensamento além da corrida chegava a minha mente. Comecei então a correr. Minha respiração seguia um ritmo único. As pernas latejavam, como se não quisessem parar de se movimentar. O suor já fazia parte de mim. Permaneci assim até completar a segunda volta.
Fui aos poucos diminuindo a intensidade de toda aquela agitação. Meu coração voltou ao batimento normal. Parei para tomar uma água de coco. Sentada, observava as pessoas passando e tentava adivinhar seus pensamentos. Queria saber se sentiam como eu. O vento enxugava meu suor e a água de coco diminuía minha sede. Senti-me anestesiada e o efeito passava gradativamente. Meu corpo tinha se exercitado e em troca, espalhava em mim energia e disposição para continuar estudando. Percebi como correr virara necessidade. A cada corrida aprendia a entender meu corpo e seus sinais. Descobri como não ficar estressada com a correria do dia-a-dia e manter o corpo saudável. Ali, enquanto tomava o coco, acabara de descobrir o porquê de gostar de correr. Olhei o relógio e vi o adiantado da hora. Como precisava voltar à casa antes das seis, levantei da mesa e descansada, fui para casa.


por Manuela Cal


Um comentário:

  1. ahhhh tinha q ter algo mais quente!!!
    Parabens Manu!
    estarei por aqui sempre ...

    R.Mota

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